Uma Tarde no Aljube – Meninos que não foram crianças – filhos de clandestinos
No 60.º aniversário da Declaração dos Direitos da Criança
O mote saiu dos «Contos na Clandestinidade», de Maria Luísa Costa Dias, ela própria uma «clandestina». Mas a substância partiu dos relatos emotivos e profundamente humanos de António Vilarigues e Mariana Rafael, duas crianças que souberam muito cedo o que era a vida clandestina dos seus pais. E a viveram intensamente, com todas as dificuldades da clandestinidade. Hoje são pessoas apaziguadas com o seu passado tumultuoso, que olham de longe, e até com humor e compreensão.
Mas não foi assim com todos: do público alguém se levantou para contar a sua história de desencontro emocional, ainda hoje não resolvido.
Do Aljube, assumiu-se o encargo de dizer que estas eram histórias de encontro marcado – com os mais jovens, mas também com todos os outros que visitam o Museu.
O registo ficou, para ser partilhado ou para ser visto. Nada se perderá.
Numa organização do MDM – Movimento Democrático de Mulheres, com o apoio do Museu do Aljube Resistência e Liberdade.