Ciclo de Cinema – Susana de Sousa Dias, «Natureza Morta»
Como é que, através de imagens controladas, se consegue contar a história de um país, de 48 anos de Ditadura, dos que sofreram esse controlo, sem contra-imagens, sem palavras, sem um discurso construído? Foi este o desafio de Susana de Sousa Dias.
‘Natureza Morta’, o primeiro dos três filmes do Ciclo de Cinema – Susana de Sousa Dias, foi “um trabalho longo e difícil”. São 73 minutos de filme, com recurso a 12 minutos de imagens, de várias fontes, distendidas, exploradas no seu interior. Cada imagem fala por si, para nos mostrar o que havia para lá da narrativa do regime.
Susana de Sousa Dias explicou o processo de realização do filme, de como se sentiu angustiada quando se deparou pela primeira vez com as imagens, em 2000, e das dificuldades, por exemplo, em filmar as fotografias dos presos políticos.
No dia 05 de fevereiro, o auditório volta a transformar-se em sala de cinema para receber ’48’. No final, para além da realizadora, oportunidade para conversar também com Domingos Abrantes e Conceição Matos.