Guerra Civil Espanhola
#Nestedia, 18 de julho de 1936, a sublevação militar das forças comandadas por Franco, o “alzamiento” contra a República, dava início à Guerra Civil de Espanha e a um dos períodos mais sangrentos da história europeia.
Se em Espanha se jogava o futuro da Europa, Salazar sabia que na Península Ibérica dificilmente poderiam coexistir regimes de sinal contrário, pelo que estava também em jogo a sobrevivência do Estado Novo.
Entre 1936 e 1939, sob signo do “perigo de Espanha”, teremos um dos períodos mais violentos da história da ditadura portuguesa, de maior arbitrariedade na atuação da polícia política e de maior número de prisões efetuadas (9575).
Foram anos particularmente mortíferos, com 38 mortes conhecidas, a maioria em prisões e no Campo de Concentração do Tarrafal aberto, precisamente, nesse ano de 1936.
O levantamento dos nacionalistas de Franco, #nestedia 18 de julho de 1936 dava início à Guerra Civil Espanhola.
Salazar, percebendo a importância do que passava no país vizinho para a sobrevivência da ditadura portuguesa, não negará apoio a Franco.
Na primeira sala da Exposição Permanente do Museu do Aljube o filme “Memórias de um Passado Presente” conta-nos um pouco sobre a Guerra Civil espanhola e ascensão dos fascismos na Europa. Foram muitos os portugueses, anarquistas, comunistas ou republicanos, apanhados nesta encruzilhada da história e que de várias formas combateram as ditaduras ibéricas.
85 anos passados do “alzamiento” de 18 de julho de 1936, Espanha não foi ainda capaz de lidar com o seu passado.
O silêncio e a amnésia prevalecem, as vítimas do franquismo – muitas por identificar e exumar – não viram ainda ser-lhes feita justiça, os algozes em liberdade ficaram por julgar e o golpe de 18 de julho de 1936 e a ditadura continuam oficialmente por condenar.
“18 de julio nunca más!”, é o que muitos exigem que o Estado espanhol afirme inequivocamente.
