Maria Lamas
#Nestedia a 18 de Julho de 1950 Maria Lamas é detida pela segunda vez e liberta após sentença em Tribunal, seis meses depois — período em que escreve as suas Cartas Políticas, que planeia vir a publicar sob o título Cartas Humanas.
Maria Lamas nasceu em outubro de 1893. Escritora, jornalista, ativista política e das causas das mulheres. Publicou poesia, romances e contos infantis e, como jornalista, passou pelas redações da Agência Americana de Notícias, A Capital, Civilização e O Século.
Em 1930 organizou a exposição “Mulheres Portuguesas” e, em 1947 a “Exposição Livros Escritos por Mulheres”. Um ano depois lançou aquele que seria um dos seus grandes projetos: “As Mulheres Meu País”.
Participou nos Congressos Mundiais da Paz, presidiu o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas e fez parte da direção do Movimento de Unidade Democrática. Teve um papel ativo na candidatura de Norton de Matos à Presidência da República, em 1949, e fez parte da direção do Movimento de Unidade Democrática, que combateu a ditadura.
Foi presa pela PIDE três vezes, entre 1949 e 1962, acabando por se exilar em Paris até 1969, mantendo-se ativa politicamente, sobretudo no apoio a portugueses refugiados em oposição ao regime fascista.