Greve dos operários dos lanifícios da Covilhã
Com o início da II Guerra Mundial o Estado Novo conhecia a sua primeira crise histórica e um ciclo de forte mobilização popular, acicatada pelas agruras económicas, a fome e os racionamentos. Um dos primeiros sinais desse mal-estar, das lutas sociais e operárias e do movimento grevista que aí vinham, foi a greve dos operários dos lanifícios da Covilhã iniciada neste dia 5 de novembro de 1941 e que seria evocada por Ferreira de Castro em “A Lã e a Neve”.
No mural “Os que ficaram pelo caminho”, encontramos o nome de Felisberto Fernandes Berto, trabalhador que se destaca nesta luta e que foi detido e trazido para a cadeias do Aljube e de Caxias, acabando por morrer no Hospital do Desterro, em Lisboa, no dia 20 de dezembro de 1941.
Imagem: Capa da 1ºedição do livro “A Lã e a Neve” de Ferreira de Castro, publicado pela primeira vez em 1947