Manuel Coelho
(1884 — Lisboa, 01.05.1931)
Manuel Coelho, proprietário do Hotel Portuense na Rua do Comércio em Lisboa, foi uma das quatro vítimas mortais, juntamente com Armando Gomes Silva, Luís Guerra Correia e José Dias da Costa Pereira, da repressão policial sobre as manifestações do 1.º de Maio de 1931 em Lisboa, que causou ainda cerca de vinte feridos. No «ano de todas as revoltas», o Dia do Trabalhador foi palco de grandes protestos contra a ditadura. As manifestações do 1.º de Maio eram o culminar de meses de alta tensão com revoltas contra o regime, greves ou a contestação do movimento estudantil, no decorrer da qual fora morto, escassos dias antes, o estudante João Martins Branco.
As centenas de pessoas que se concentraram no 1.º de Maio de 1931 na zona no Rossio, em Lisboa, foram dispersas com grande violência pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e pela Guarda Nacional Republicana (GNR) com sabradas e tiros de espingarda e metralhadora.
Manuel Coelho foi uma das vítimas do fogo das forças policiais e militarizadas quando estava à janela da sua residência. Tinha 47 anos.