Assassinato de Ribeiro Santos
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Ribeiro dos Santos assassinado em Lisboa (1972)
Iniciado nas lides políticas ainda estudante no Liceu Pedro Nunes, José António Leitão Ribeiro Santos continuou na Faculdade de Direito esse ativismo político e associativo, sendo membro da Associação de Estudantes e do grupo de estudantes de Direito «Ousar Lutar, Ousar Vencer» dirigido pelo MRPP. A primeira referência na PIDE é de 1967, por participar no movimento de apoio às vítimas das cheias desse ano. Em 1969, Ribeiro Santos foi suspenso pela interrupção das frequências de vinte «fura-greves» e, pouco depois, o Ministério da Educação mandou encerrar a Associação. #Nestedia, a 12 de Outubro de 1972, no decorrer de uma reunião de estudantes nas instalações do Instituto de Ciências Económicas e Financeiras de Lisboa (atual Instituto Superior de Economia e Gestão – ISEG), os estudantes dão conta da presença do que acreditam ser um agente da PIDE, que é levado ao gabinete do Diretor da Faculdade, para ser identificado.
A PIDE é contactada e dois agentes dirigem-se ao ISCEF. Vítor Manuel Lopes, o agente detetado pelos estudantes, estava já no anfiteatro, a ser interrogado. Os agentes dizem não reconhecer o colega, que insistem em levar ainda assim. Entre os estudantes, um grupo avança face aos agentes confirmados da polícia política. Esmurrado, o agente António Gomes da Rocha esvazia o carregador do seu revólver. Ribeiro Santos é atingido e acaba por morrer já no hospital. Nessa mesma noite, 300 estudantes reunidos no Instituto Superior Técnico aprovam a paralisação da universidade e a ida em massa ao funeral. Participaram centenas de estudantes, a que se juntam populares. Não houve julgamento e o agente da PIDE que o baleou foi um dos que em 1975 fugiu da prisão de Alcoentre.