A Liberdade passa por aqui!
No âmbito das comemorações do 48.º aniversário do 25 de Abril o Museu do Aljube e Abril na Rua – EGEAC, com curadoria de Luís Varatojo, propõem um programa de atividades com o objetivo de promover essa participação, nos dias 23 e 24 de Abril, a partir das 16h.
O quarto andar da antiga prisão, onde em tempos se torturavam presos políticos, é agora um espaço de convívio e liberdade; há uma pista de dança com música de intervenção selecionada por quatro músicos, acompanhados por ilustração digital ao vivo e três murais – escrita, desenho e colagem – onde o público é convidado a deixar o seu contributo em forma de arte.
Novas palavras, novas imagens, novas ideias, o que foi e o que é a revolução 48 anos depois.
Programa
DJ SET
Dia 23 Luís Varatojo, DIDI
Dia 24 Surma, Tó Trips
ILUSTRAÇÃO DIGITAL AO VIVO CRISTINA VIANA
MURAIS
ESCRITA Hugo Gonçalves
DESENHO Nuno Saraiva
COLAGEM Inês Vieira da Silva
Biografias
LUIS VARATOJO, músico e produtor, inicia a sua carreira musical no final dos anos 80 com a banda de punk rock, PESTE & SIDA, com a qual gravou quatro álbuns. Em meados da década de 90 cria o heterónimo DESPE E SIGA, onde se dedica a sonoridades mais quentes como o reggae e o ska. Foi também fundador, com João Aguardela (Sitiados), do projeto de eletrónica e poesia, LINHA DA FRENTE. Da parceria com Aguardela nasce A NAIFA (2004-2014), banda que explorou os caminhos do fado e da nova poesia portuguesa, e que editou cinco álbuns. Em 2015 forma o projeto FANDANGO, com Gabriel Gomes (ex-Madredeus), onde experimenta o diálogo entre a guitarra portuguesa e o acordeão num contexto eletrónico. Em 2021 cria a LUTA LIVRE, um projeto musicalmente eclético, em que as sonoridades do jazz e do rock servem de base instrumental a um discurso poético claramente interventivo. Paralelamente, desde 2009, dedica-se também ao trabalho de conceção e direção artística de vários eventos e espetáculos.
Di Candido aka DIDI, corpe afrocúir em trânsito por Brasil, UK e Portugal, trabalha, persiste e resiste por meio da investigação, produção cultural e performance como DJ, cantore e artista visual/multidisciplinar. Idealizadore da unidade criativa em forma de festa Bee. The United Kingdom of Beeshas (bee_lx) com as Damas, DIDI conversa com coletivos, artistas e fazedores de sua diáspora em projetos culturais e indústria criativa, na produção e atuação direta com festas e coletivos como Afropunk, Batekoo, V de Viadão, UNA, Bloco Colombina Clandestina, Baile Brabo, Afrontosas, BlackPride Uk, dentre outres. Seu percurso dialoga com temas relacionades à (re) territorialização coletiva, identidades, ativismo e performance antirracista, na produção cultural e artística cúir, negre e imigrante em diáspora por Portugal. Em seu trabalho, DIDI conecta-se aos mais variados ritmos e manifestações artísticas afrodiaspóricas, por meio expressões sonoras e de movimento, do samba enredo ao afoxé, do baile funk ao house, do r&b 90/00 ao afrobeat.
SURMA sozinha em palco e rodeada de mais de uma dezena de instrumentos, desafia constantemente as fronteiras da música num universo tão peculiar como apaixonante. Com um álbum aclamado nacional e internacionalmente, “Antwerpen”, atuou em 17 países, desde a Europa à China, passando por América do Norte e do Sul e foi colecionando nomeações, prémios e distinções.
Faz ainda concertos para bebés, bandas sonoras para cinema (como a do filme “SNU”), colaborou com dezenas de artistas e lançou, em 2019, um EP com as suas primeiras composições enquanto Surma.
Entre 2020 e 2021, prepara o seu segundo longa-duração e cria bandas sonoras para cinema e teatro. Em 2022 vai regressar com um novo disco.
TÓ TRIPS, nascido em Lisboa 1966 no castelo, estudou na António Arroio na segunda metade dos 80’s. Cavalo de Fogo, guitarrista, gráfico, ilustrador, marceneiro, jardineiro, fã de bandas e amante da liberdade! Músico, compositor desde os 80’s.
80´s: Amen Sacristi; 90’s: Santa Gasolina em teu ventre, Lulu Blind, The Tysons, Hifi Jô; séc. XXI: Dead Combo, Timespine, Club Makumba, Solo
CRISTINA VIANA, natural de Lagos. Vive e trabalha entre Évora e Lisboa, essencialmente na área da ilustração, onde participa e desenvolve projectos de variadas naturezas, como ilustração digital ao vivo (RAIA, RGBitches, Baile Tropicante), retratos (Má Cara), montras e murais, cartazes e comunicação gráfica de eventos (SHE, Pointlist, Ilga) e animação para curtas e videoclips (Contos Não Tão Solitários, Luta Livre, Duarte).
HUGO GONÇALVES é autor dos romances O Maior Espetáculo do Mundo, O Coração dos Homens, Enquanto Lisboa Arde o Rio de Janeiro Pega Fogo, O Caçador do Verão, Filho da Mãe (finalista dos prémios PEN Clube e Fernando Namora) e Deus Pátria Família. Coautor e guionista das séries televisivas País Irmão (RTP) e Até que a Vida nos Separe (Netflix), foi correspondente de diversas publicações portuguesas em Nova Iorque, Madrid e Rio de Janeiro, cidade onde trabalhou como editor literário.
INÊS VIEIRA DA SILVA, licenciada em Design de Comunicação pela Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa, Mestre em Arte Multimedia Audiovisual pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Designer e (também) professsora da disciplina de Projeto e Tecnologias do Curso de Design de Comunicação da Escola Artística António Arroio.