Alberto de Almeida
(Viseu, 1907 — Timor, 08.01.1932)
Alberto de Almeida nasceu em 1907, em Viseu, filho de Maria do Carmo de Almeida e de Manuel de Almeida, e foi um dos muitos resistentes punidos com a deportação, neste caso para Timor, pela sua atividade no combate à Ditadura Militar. Pintor de profissão, fora empregado da Câmara Municipal de Lisboa, cidade onde residia.
Será a sua participação na Revolta de 26 de agosto de 1931 contra a Ditadura Militar a valer-lhe a prisão. É detido por praças do Exército na Avenida António Augusto de Aguiar, em Lisboa, e é levado para o Batalhão de Caçadores 5, seguindo depois para a Penitenciária de Lisboa.
A 2 de setembro de 1931, embarcou no navio Pedro Gomes para Timor, juntamente com os principais chefes militares da revolta, num total de trezentos e cinquenta e sete deportados (duzentos e setenta e um civis e oitenta e sete militares).
Chegado a Dili no dia 16 de outubro do mesmo ano, Alberto Almeida é colocado no inóspito campo de concentração da Ilha de Ataúro, onde, além dos castigos corporais sofridos e da falta de condições mínimas de higiene e salubridade, adoece. Há relatos que asseveram ter enlouquecido e perdido a fala, passando a comunicar por mímica.
Terá morrido a 8 de janeiro de 1932, com uma biliosa, quando seguia numa lancha para o hospital de Dili, e não a 25 de maio, como surge na documentação do Ministério do Interior.
Tinha 25 anos e nunca foi julgado.