Fernando Carvalho Giesteira
(Salto, Montalegre, 03.08.1955 — Lisboa, 25.04.1974)
Fernando Giesteira nasceu em 1955 em Salto, Montalegre, filho de Amândio Gomes Giesteira e Emília de Carvalho. Ainda jovem vai viver para Vreia de Jales, Vila Pouca de Aguiar, e em 1972 muda-se para Lisboa, onde trabalha à noite na boîte Cova da Onça como empregado de mesa. Terá sido depois de uma noite de trabalho que se juntou às multidões que acompanhavam o desenrolar do golpe militar no dia 25 de Abril de 1974.
No final do dia, uma multidão concentra-se em frente à sede da antiga Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), que passara a designar-se Direção-Geral de Segurança (DGS), exigindo a sua ocupação e rendição. A continuidade da polícia política estava prevista pela Junta de Salvação Nacional e por António de Spínola. Os agentes da DGS, recusando entregar-se, abriram fogo a partir das janelas do edifício sobre a multidão que se juntara na Rua António Maria Cardoso. Àquela hora, o presidente do Conselho, Marcelo Caetano, havia já entregado o poder.
Entre os vários feridos e os quatro mortos estava Fernando Giesteira, com apenas 18 anos, o mais jovem dos mortos do dia 25 de Abril. A identidade dos seus assassinos continua por conhecer.
A placa colocada em 1980 por iniciativa cidadã junto à antiga sede da PIDE/DGS evoca a memória das quatro vítimas mortais no dia 25 de Abril de 1974. Trinta anos depois, uma placa da Câmara Municipal de Lisboa assinalaria também o local e as mortes ali registadas.