Joaquim de Carvalho
( – 1935)
O ferroviário Joaquim de Carvalho participou na greve geral insurrecional de 18 de janeiro de 1934 contra o pacote legislativo, designado como de «fascização dos sindicatos», de setembro de 1933. A greve geral foi organizada por anarcossindicalistas da Confederação Geral do Trabalho (CGT), comunistas da Comissão Intersindical (CIS), ligada ao Partido Comunista Português (PCP), socialistas da Federação das Associações Operárias (FAO) e sindicatos autónomos organizados no Comité das Organizações Sindicais Autónomas (COSA).
Além da greve geral, estavam previstos atos violentos e sabotagens, bombas, ações armadas, corte de comunicações e de estradas e uma sublevação militar.
Joaquim de Carvalho é um dos quatro ferroviários destacados para as sabotagens preparadas por Manuel Vieira Tomé, também ele uma vítima mortal da ditadura, para a estação de Santa Apolónia em Lisboa, que, no entanto, acabarão por correr mal. Os ferroviários revoltosos são detetados pelo chefe e pelo capataz. Pondo-se em fuga, Joaquim de Carvalho, de pistola em riste, procura dissuadir os perseguidores, gesto que será transformado pela polícia numa tentativa de assassinato do chefe. Joaquim de Carvalho, que pertenceria ao Sindicato dos Ferroviários e estaria ligado ao Partido Comunista Português (PCP), será preso e morrerá logo após ter sido posto em liberdade em 1935.