Joaquim Luís Teixeira Magalhães
(Miragaia, Porto, 30.11.1920 — Lisboa, 20.02.1945)
Joaquim Luís Teixeira Magalhães, filho de Joaquim Marinho Cardoso de Magalhães e de Ana Teixeira Alves, nasceu em Miragaia, Porto, a 30 de novembro de 1920 ou de 1922. Serralheiro, marítimo e canalizador foram algumas das suas profissões.
Entre janeiro de 1940 e fevereiro de 1945, foi detido sete vezes, seis das quais por tentativa de emigração clandestina, recolhendo sempre à 1.ª Esquadra e à Prisão do Aljube e, em 1942, também à Prisão de Caxias, com passagens várias pelos tribunais criminais e plenários.
Uma das detenções ocorreu a 10 de outubro de 1942, altura em que «foi posto à disposição» da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE) pela Polícia de Segurança Pública (PSP) da Horta (Açores), em cujos calabouços permaneceu durante oito dias. A 24 de junho de 1942, a PSP de Ponta Delgada entregará Joaquim Magalhães à PVDE, que o remete, mais uma vez, para a 1.ª Esquadra, seguindo depois para a Prisão do Aljube e para a Prisão de Caxias, sendo mais uma vez entregue ao Tribunal Plenário de Lisboa.
A última detenção ocorreu no dia 14 de fevereiro de 1945, quando foi entregue à PVDE pelo comandante do vapor Lourenço Marques, por viajar clandestinamente. Será colocado na Prisão do Aljube e, no dia 17, baixará à enfermaria. Seguirá para o Hospital de São José e, depois, para o Hospital Curry Cabral, onde morrerá no dia 20 de fevereiro de 1945, em resultado dos maus-tratos sofridos na cadeia. Tinha 25 anos.