José Joaquim Viegas Fuzeta
(Olhão, 13.05.1894 ou 1896 — Lisboa, 05.07.1942)
José Joaquim Viegas Fuzeta, filho de José Joaquim Viegas Fuzeta e de Maria da Cruz Lima, nasceu em Olhão, no Algarve, a 13 de maio de 1894 ou de 1896. Conhecido como «José da Mónica», residia em Olhão e trabalhava como marítimo.
O motivo das suas prisões estaria relacionado com o transporte de refugiados políticos, portugueses e espanhóis, antes e durante a Guerra Civil de Espanha, atividade que o conduzirá à sua primeira detenção, algures entre 1933 e 1936.
Embora haja referências a detenções em 1938 e em 1941, por alegada espionagem, a sua ficha no Registo Geral de Presos indica apenas prisões em 1939 e 1942.
Foi preso pela Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE) em 19 de setembro de 1939, para averiguações, recolhendo a uma esquadra incomunicável. Transferido para a Prisão do Aljube a 3 de outubro de 1939, sairia em liberdade cerca de um mês depois. A 29 de fevereiro de 1942, foi preso pelas autoridades do Porto de Vila Real de Santo António e entregue à PVDE. Colocado no Aljube, a 13 de abril de 1942 baixa pela primeira vez à enfermaria desta cadeia, onde passará grande parte do tempo em que ali esteve detido. Os maus-tratos policiais levarão a que, a 27 de junho desse ano, siga para o Hospital de São José. Dias depois dará entrada no Hospital Dona Estefânia, onde viria a morrer no dia 5 de julho de 1942, vítima da tortura e dos espancamentos sofridos.