José Maires
(Lamares, Vila Real, 20.08.1913 — Lisboa, 03.05.1939)
José Maires, filho de Domingos Maires e de Carolina Rosa Maires, nasceu no dia 20 de agosto de 1913 em Lamares, concelho de Vila Real, Trás-os-Montes. Era em Lamares que residia e trabalhava como empregado de comércio.
A 25 de agosto de 1937, deu entrada na Delegação do Porto da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE). Posto «à disposição do Tribunal Militar Especial», foi condenado, em 27 de agosto de 1937, a uma pena de seis anos de degredo «para qualquer parte do Território Colonial». No dia seguinte, é transferido para a Prisão de Peniche.
A 20 de outubro de 1937, é entregue ao Tribunal da Comarca de Vila Real, «a fim de ser julgado por um processo-crime». O Juízo de Direito da Comarca de Vila Real entrega-o novamente à PVDE, regressando a 4 de novembro à Prisão de Peniche.
Será transferido para a Prisão do Aljube, em Lisboa, no dia 3 de fevereiro de 1938, baixando à respetiva enfermaria no dia 25 do mesmo mês. Com o agravamento do seu estado de saúde, é internado no Hospital Curry Cabral a 29 de abril. Regressa ao Aljube a 25 de janeiro de 1939 para baixar dois dias depois à enfermaria, seguindo-se novo internamento, agora no Hospital de São José, a 3 de março de 1939.
Viria a morrer, em resultado dos maus-tratos prisionais, no Hospital Curry Cabral no dia 3 de maio de 1939, aos 26 anos.