Luís António Firmino
(Lavre, 30.09.1917 ou 12.10.1917 — Caxias, 23.01.1968)
Luís António Firmino, filho de João Firmino Rodrigues e de Rosa Maria do Carmo, nasceu no Alentejo, em Lavre, Montemor-o-Novo, em 1917. A informação do Registo Geral de Presos refere duas datas possíveis: 30 de setembro ou 12 de outubro. Era serrador e morava em Torres Novas.
Preso pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) em 28 de julho de 1949, para averiguações, acusado de ser militante do Partido Comunista Português (PCP), foi levado para a Prisão de Caxias, de onde seguirá, em 19 de setembro, para a Prisão do Aljube. Regressa a Caxias cinco dias depois.
É posto à disposição dos Tribunais Criminais de Lisboa a 14 de janeiro de 1950 e condenado no Plenário de Lisboa em 6 de junho de 1950, com pena de vinte meses de prisão correcional, três anos de suspensão de direitos políticos e medidas de segurança.
Segue para a Prisão de Peniche a 17 de junho de 1950, «para cumprimento da pena» e, depois da respetiva «medida de segurança», sairá em liberdade condicional a 20 de dezembro de 1951. Apenas em 1956 verá ser-lhe concedida a liberdade definitiva.
A 7 de novembro de 1967, é novamente detido pela PIDE, desta vez «por atividades contra a segurança do Estado», seguindo para Caxias. Volta a ser posto à ordem dos Tribunais Criminais de Lisboa a 14 de dezembro de 1967.
Sofrerá um enfarte de miocárdio na sequência da tortura do sono, sendo mantido em regime de isolamento sem assistência e sem visitas de familiares. A 5 de janeiro de 1968, baixou ao Hospital de São João de Deus, o Hospital-Prisão em Caxias, onde acabará por morrer a 23 de janeiro de 1968, com 51 anos de idade, não resistindo aos maus-tratos prisionais e policiais.