POMAR – Ó Liberdade chamei-te
Júlio Pomar foi o preso político número 8998. Opositor ao regime, antifascista, artista singular que através da sua vida e obra contribuiu para o derrube da ditadura, a conquista da liberdade e a construção da democracia. Esta exposição, no âmbito dos 50 anos do 25 de Abril, aborda uma parte do seu trabalho durante o período revolucionário e a sua marca indelével nas datas redondas de celebração da Revolução (1994, 2004, 2014), respondendo com inquietação e dúvida ao mundo que o rodeia, num cuidado permanente com a(s) liberdade(s).
Numa entrevista à jornalista Anabela Mota Ribeiro, em 2012, Pomar disse um fado sua autoria, “Ó Liberdade chamei-te, tu não deste pelo nome, uma coisa é o apetite, outra coisa é a fome…”. Responde que se o canta é porque “os tempos e as condições em que vivemos nos levam a pensar em como a dita liberdade está longe de ser um direito adquirido”.
A convite da Associação 25 de Abril, Júlio Pomar desenhou os cartazes de apelo à participação no Desfile Popular do 25 de Abril na avenida da Liberdade, em Lisboa, nos anos de 1994, 2004, e em 2014 com Henrique Cayatte.
Nesta que seria a sua última colaboração com a Associação 25 de Abril, alertou para a importância de “aproveitar a experiência” dos que fizeram a revolução. É também isso que, diariamente, tentamos fazer aqui neste museu, preservar e partilhar memória democrática.
Ficha técnica:
Curadoria: Rita Rato e Sara Antónia Matos
Design gráfico: Eduardo Ferreira
Produção: Ana Reguino, Joana Alves e Joana Batel
Comunicação: Eduardo Ferreira, Joana Alves e Sara Borralho
Apoio: Arquivo Municipal de Lisboa, Hemeroteca Municipal de Lisboa e Arquivos RTP
Agradecimentos: Alexandre Pomar, Associação 25 de Abril e Pedro Nora